Milton Seigi Hayashi explica que a escolha da posição da prótese de mama — se na frente ou atrás do músculo — é uma das decisões mais importantes no momento da cirurgia. Essa escolha influencia diretamente o resultado estético, o tempo de recuperação e até mesmo a sensação ao toque. Entender as diferenças entre as duas técnicas é essencial para alcançar um resultado natural, proporcional e duradouro.
Neste artigo, você vai entender as características de cada técnica, as vantagens e desvantagens, além de orientações sobre o que considerar antes da cirurgia.
O que significa colocar a prótese de mama na frente do músculo?
Quando a prótese é posicionada na frente do músculo peitoral, ela fica logo abaixo do tecido mamário. Essa técnica, chamada de subglandular, costuma ser indicada para mulheres que já possuem uma boa quantidade de tecido mamário natural, capaz de cobrir e disfarçar o implante. Uma das principais vantagens dessa abordagem é a recuperação mais rápida e menos dolorosa, pois o músculo não é manipulado durante o procedimento.
Além disso, o formato dos seios tende a ficar mais arredondado e projetado, proporcionando um resultado estético mais evidente logo após a cirurgia. No entanto, Hayashi destaca que esse tipo de colocação pode ser menos indicado para mulheres muito magras, com pouca gordura ou tecido glandular, pois há maior risco de que o contorno da prótese fique perceptível, especialmente na parte superior dos seios.
Como é feita a prótese de mama atrás do músculo?
Na técnica submuscular, a prótese é colocada parcial ou totalmente atrás do músculo peitoral maior. Essa posição oferece uma cobertura adicional ao implante, resultando em um aspecto mais natural, especialmente em pacientes com menor volume de tecido mamário. Embora o período de recuperação possa ser um pouco mais incômodo, essa opção reduz o risco de ondulações visíveis e proporciona um contorno mais suave.
Outra vantagem importante é que a posição submuscular interfere menos nas mamografias, permitindo exames de imagem mais precisos no futuro. Segundo Milton Seigi Hayashi, essa técnica costuma ser a preferida em pacientes que buscam naturalidade e têm pouco tecido na região torácica. O médico avalia cuidadosamente o biotipo corporal, a espessura da pele e o resultado desejado antes de definir o plano cirúrgico ideal.
Qual técnica oferece resultados mais naturais?
De modo geral, a prótese colocada atrás do músculo proporciona um resultado mais natural, pois o músculo peitoral ajuda a suavizar o formato da mama e a esconder o contorno do implante. Esse aspecto é especialmente vantajoso em mulheres magras, onde o risco de aparência artificial é maior.
Por outro lado, a técnica na frente do músculo pode gerar resultados igualmente satisfatórios em pacientes com uma boa base de tecido mamário, pois esse volume natural contribui para o disfarce do implante. O segredo está na escolha adequada do tipo de prótese, volume e formato, sempre considerando o equilíbrio estético do corpo. Hayashi ressalta que não existe uma técnica universalmente melhor — a decisão deve ser personalizada, levando em conta as características físicas e o estilo de vida da paciente.
Como é o pós-operatório em cada tipo de colocação?
O pós-operatório da prótese subglandular costuma ser mais confortável. A paciente geralmente retorna às atividades leves em poucos dias e apresenta menor dor muscular. Já no caso da colocação submuscular, a recuperação requer um pouco mais de tempo, pois há maior manipulação da musculatura, o que pode causar dor ou sensação de rigidez temporária.
Por fim, Milton Seigi Hayashi enfatiza que a decisão sobre colocar a prótese de mama na frente ou atrás do músculo deve ser feita de forma individualizada, considerando o tipo físico, a estrutura corporal e o resultado desejado. Ambas as técnicas têm vantagens e limitações, e apenas uma avaliação médica detalhada pode determinar a opção mais adequada para cada paciente.
Autor: Maria Cunha
